Retriever do Labrador Um amigo inseparável
por Carolina Parreira Lopes, domingo, 31 de outubro de 2010 às 17:01
O Retriever do Labrador é originário de Newfoundland ou Terra Nova, região inóspita e fria situada na costa oriental do Canadá. Apesar da sua origem ser ainda hoje um mistério, foram encontrados vestígios arqueológicos que indiciam a existência de dois tipos de cães naquela região: um de porte robusto com pelagem longa e outro mais pequeno e com a pelagem mais curta.
A versão que reúne maior consenso, explica que estes cães eram, respectivamente, o Greater Newfoundland e o Lesser Newfoundland (este último também conhecido como St. John's Water Dog) e existiam na costa canadense por volta do séc. XVIII. Pensa-se que Greater Newfoundland era utilizado para auxiliar os pescadores no arrasto de redes e que o Lesser Newfoundland se havia afirmado um vigoroso cobrador de peixes e um incansável nadador, que por vezes ajudava na orientação dada às linhas de pesca.
Estes dois cães tornaram-se cada vez mais populares entre os pescadores, já que a sua resistência física parecia não ter propriamente um limite. Conta-se que o Lesser Newfoundland trabalhava longas horas dentro da água fria e, no final do dia, ainda tinha energia para alegrar a casa com a sua boa disposição.
No séc. XIX, este cão chega à Grã-Bretanha, onde rapidamente adquire prestígio e conquista o interesse de muitos criadores que descobrem a sua natureza de Retriever: Vêem-no actuar em parceria com o dono, esperando que este dispare contra a ave para, em seguida, a trazer com grande rapidez. Os obstáculos que lhe possam aparecer não constituem grande problema, pois seja em terra ou na água, ele traz sempre a presa consigo.
Tais atributos devem igualmente ter sido reconhecidos pelo Conde de Malmesbury, que rendido à beleza desta estirpe, começa a adquirir exemplares por forma a desenvolver um programa de criação que se pretendia protector da pureza original desta linhagem.
Porém, engane-se quem o julga nesta altura aparentemente dotado com todas as condições ideais (físicas e psicológicas) para prosperar no mundo da cinofilia. Na verdade, são precisamente estes atributos que, cobiçados por muitos criadores, vão despontar o interesse nos cruzamentos, a dada altura efectuados de tal forma arbitrária, que a raça roçou o perigo de extinção. A recuperação desta estirpe é atribuída a Earl Malmesbury e ao Duque de Buccleuch que, no final deste século, se empenharam na criação destes cães, tendo surgido as variantes cor de fígado e amarelo.
Em 1903, o Kennel Club inglês reconhece oficialmente esta estirpe. No início, apenas os cães de pelagem preta eram considerados puros. Tal foi, obviamente, sendo superado: a segunda cor a ser permitida foi o amarelo (após a criação do Clube do Labrador Amarelo) e, por último, a cor fígado ou chocolate também foi admitida pelo Kennel Club, mas actualmente é algo rara.
No início do séc. XX, despontaram na Grã-Bretanha aqueles que viriam a ser os principais pólos de criação desta estirpe e que “nos ofereceram” os primeiros campeões. Neste período, o Labrador chegou aos EUA e obteve a certificação do Kennel Club americano, em 1917.
No entanto, as duas Guerras Mundiais abateram o ritmo saudável do seu desenvolvimento, que só foi recuperado após 1945. Presentemente, a sua popularidade é um facto inquestionável no mundo cinófilo: multifacetado por natureza, o Labrador é um cão de tiro de primeira classe, um desportista incansável, um doce companheiro da família e um fiel cão-guia de cegos. Brilha no ringue de exposições internacionais, no qual é aplaudido pelo sucesso que obtém nas competições.
Temperamento
Considerados um dos melhores cães de companhia que existe, o Retriever do Labrador é um animal dotado com um carácter excepcional, afável, carinhoso e amigo das crianças. É bastante pacífico e sociável, uma vez que aceita com grande alegria as pessoas estranhas, bem como outros cães ou animais de estimação que surjam.
É um cão que ladra pouco pelo que é desaconselhado como cão de guarda. Necessita de estar sempre na companhia dos seus donos, já que não lida bem com a solidão e manifesta-o destruindo tudo o que estiver ao seu alcance, desde jardins às almofadas dos sofás.
São muito inteligentes, daí serem utilizados como guia para cegos e como cão farejador de drogas. Como cão de caça possui uma forte resistência e excelente faro. É fisicamente muito ágil e adapta-se facilmente ao meio.
É um cão que repleto de energia e está sempre disposto para brincar, especialmente em jogos nos quais possa aplicar os seus instintos de caçador. É capaz de passar horas seguidas a correr atrás de uma bola, e devolve-a tão eficazmente como se de uma presa se tratasse.
É um animal fácil de treinar e educar, dado que é obediente e gosta de agradar o seu dono.
Descrição
O Retriever do Labrador é dotado de um físico forte, de tamanho médio, cuja altura nas espáduas varia nos machos entre os 56 e os 61 cm e nas fêmeas entre os 54 e os 59 cm. O seu peso oscila entre os 27,2 e os 33,7 Kg, nos machos, e os 25 e os 33,7 Kg, nas fêmeas.
A sua pelagem é uma das características-chave da raça. Deve ser curta, densa, lisa a olho nu, mas áspera ao toque.
É resistente à água, frio, calor e outras intempéries. Podem surgir alguns pêlos mais ondulados junto da parte traseira. Existem três cores mundialmente conhecidas: o amarelo, o preto e o chocolate. A variante amarela é aquela que tem captado mais admiradores.
Observações
Este cão tem uma esperança média de vida de, aproximadamente, 15 anos de idade. É considerado um animal saudável, mas é importante estar atento à displasia coxofemoral e à displasia de ombros, uma vez que são duas doenças geneticamente transmissíveis que podem ocorrer na raça.
A sua pelagem necessita de ser escovada semanalmente, altura em que se deve verificar as orelhas, por forma a evitar infecções futuras.
Estes cães necessitam de praticar bastante exercício físico (como correr ou nadar) e adoram ser desafiados para os mais diversos jogos. Duas horas por dia é a média indicada para que se sintam bem.
Por fim, é aconselhável ter cuidado com a sua alimentação, já que correm o risco de ganhar excesso de peso.
Curiosidades
Os Labradores e a maioria dos Retrievers são conhecidos por terem uma "boca mole". Diz-se mesmo que alguns exemplares conseguem segurar um ovo na boca sem o partir.
No best-seller chamado "Marley & Eu", podem ser lidas as crónicas da vida de um labrador impossível, que rói tudo, monta pessoas, tem fobia a trovoadas, rouba roupa-interior femenina, tem uma energia enorme e é, segundo o escritor, John Grogan, "o cão mais estúpido que já conheci". Triste e alegre ao mesmo tempo, é uma obra muito aclamada pelas critícas e já foi transformada num filme, com Jennifer Aniston e Owen Wilson.
Pessoas como Bing Cross e François Mitterand possuem cães desta raça.
Tirei daqui
A versão que reúne maior consenso, explica que estes cães eram, respectivamente, o Greater Newfoundland e o Lesser Newfoundland (este último também conhecido como St. John's Water Dog) e existiam na costa canadense por volta do séc. XVIII. Pensa-se que Greater Newfoundland era utilizado para auxiliar os pescadores no arrasto de redes e que o Lesser Newfoundland se havia afirmado um vigoroso cobrador de peixes e um incansável nadador, que por vezes ajudava na orientação dada às linhas de pesca.
Estes dois cães tornaram-se cada vez mais populares entre os pescadores, já que a sua resistência física parecia não ter propriamente um limite. Conta-se que o Lesser Newfoundland trabalhava longas horas dentro da água fria e, no final do dia, ainda tinha energia para alegrar a casa com a sua boa disposição.
No séc. XIX, este cão chega à Grã-Bretanha, onde rapidamente adquire prestígio e conquista o interesse de muitos criadores que descobrem a sua natureza de Retriever: Vêem-no actuar em parceria com o dono, esperando que este dispare contra a ave para, em seguida, a trazer com grande rapidez. Os obstáculos que lhe possam aparecer não constituem grande problema, pois seja em terra ou na água, ele traz sempre a presa consigo.
Tais atributos devem igualmente ter sido reconhecidos pelo Conde de Malmesbury, que rendido à beleza desta estirpe, começa a adquirir exemplares por forma a desenvolver um programa de criação que se pretendia protector da pureza original desta linhagem.
Porém, engane-se quem o julga nesta altura aparentemente dotado com todas as condições ideais (físicas e psicológicas) para prosperar no mundo da cinofilia. Na verdade, são precisamente estes atributos que, cobiçados por muitos criadores, vão despontar o interesse nos cruzamentos, a dada altura efectuados de tal forma arbitrária, que a raça roçou o perigo de extinção. A recuperação desta estirpe é atribuída a Earl Malmesbury e ao Duque de Buccleuch que, no final deste século, se empenharam na criação destes cães, tendo surgido as variantes cor de fígado e amarelo.
Em 1903, o Kennel Club inglês reconhece oficialmente esta estirpe. No início, apenas os cães de pelagem preta eram considerados puros. Tal foi, obviamente, sendo superado: a segunda cor a ser permitida foi o amarelo (após a criação do Clube do Labrador Amarelo) e, por último, a cor fígado ou chocolate também foi admitida pelo Kennel Club, mas actualmente é algo rara.
No início do séc. XX, despontaram na Grã-Bretanha aqueles que viriam a ser os principais pólos de criação desta estirpe e que “nos ofereceram” os primeiros campeões. Neste período, o Labrador chegou aos EUA e obteve a certificação do Kennel Club americano, em 1917.
No entanto, as duas Guerras Mundiais abateram o ritmo saudável do seu desenvolvimento, que só foi recuperado após 1945. Presentemente, a sua popularidade é um facto inquestionável no mundo cinófilo: multifacetado por natureza, o Labrador é um cão de tiro de primeira classe, um desportista incansável, um doce companheiro da família e um fiel cão-guia de cegos. Brilha no ringue de exposições internacionais, no qual é aplaudido pelo sucesso que obtém nas competições.
Temperamento
Considerados um dos melhores cães de companhia que existe, o Retriever do Labrador é um animal dotado com um carácter excepcional, afável, carinhoso e amigo das crianças. É bastante pacífico e sociável, uma vez que aceita com grande alegria as pessoas estranhas, bem como outros cães ou animais de estimação que surjam.
É um cão que ladra pouco pelo que é desaconselhado como cão de guarda. Necessita de estar sempre na companhia dos seus donos, já que não lida bem com a solidão e manifesta-o destruindo tudo o que estiver ao seu alcance, desde jardins às almofadas dos sofás.
São muito inteligentes, daí serem utilizados como guia para cegos e como cão farejador de drogas. Como cão de caça possui uma forte resistência e excelente faro. É fisicamente muito ágil e adapta-se facilmente ao meio.
É um cão que repleto de energia e está sempre disposto para brincar, especialmente em jogos nos quais possa aplicar os seus instintos de caçador. É capaz de passar horas seguidas a correr atrás de uma bola, e devolve-a tão eficazmente como se de uma presa se tratasse.
É um animal fácil de treinar e educar, dado que é obediente e gosta de agradar o seu dono.
Descrição
O Retriever do Labrador é dotado de um físico forte, de tamanho médio, cuja altura nas espáduas varia nos machos entre os 56 e os 61 cm e nas fêmeas entre os 54 e os 59 cm. O seu peso oscila entre os 27,2 e os 33,7 Kg, nos machos, e os 25 e os 33,7 Kg, nas fêmeas.
A sua pelagem é uma das características-chave da raça. Deve ser curta, densa, lisa a olho nu, mas áspera ao toque.
É resistente à água, frio, calor e outras intempéries. Podem surgir alguns pêlos mais ondulados junto da parte traseira. Existem três cores mundialmente conhecidas: o amarelo, o preto e o chocolate. A variante amarela é aquela que tem captado mais admiradores.
Observações
Este cão tem uma esperança média de vida de, aproximadamente, 15 anos de idade. É considerado um animal saudável, mas é importante estar atento à displasia coxofemoral e à displasia de ombros, uma vez que são duas doenças geneticamente transmissíveis que podem ocorrer na raça.
A sua pelagem necessita de ser escovada semanalmente, altura em que se deve verificar as orelhas, por forma a evitar infecções futuras.
Estes cães necessitam de praticar bastante exercício físico (como correr ou nadar) e adoram ser desafiados para os mais diversos jogos. Duas horas por dia é a média indicada para que se sintam bem.
Por fim, é aconselhável ter cuidado com a sua alimentação, já que correm o risco de ganhar excesso de peso.
Curiosidades
Os Labradores e a maioria dos Retrievers são conhecidos por terem uma "boca mole". Diz-se mesmo que alguns exemplares conseguem segurar um ovo na boca sem o partir.
No best-seller chamado "Marley & Eu", podem ser lidas as crónicas da vida de um labrador impossível, que rói tudo, monta pessoas, tem fobia a trovoadas, rouba roupa-interior femenina, tem uma energia enorme e é, segundo o escritor, John Grogan, "o cão mais estúpido que já conheci". Triste e alegre ao mesmo tempo, é uma obra muito aclamada pelas critícas e já foi transformada num filme, com Jennifer Aniston e Owen Wilson.
Pessoas como Bing Cross e François Mitterand possuem cães desta raça.
Tirei daqui