Bandeira de Angola |
Na Ultima terça –feira foi feriado em solo Angolano, os nacionais celebraram a independência do país. Eles eam controlados ainda em 75 por Portugal (ainda eram colônia portuguesa a bem pouco tempo)., em 10 de novembro de 1975 a soberanina portuguesa foi transferida para os angolanos, sendo efetivada em 11 de novembro do mesmo ano. A independência de Angola foi estabelecida a 15 de Janeiro de 1975, com a assinatura do Acordo do Alvor entre os quatro intervenientes no conflito: Governo português, FNLA, MPLA e UNITA.
A independência e a passagem de soberania ficou marcada para o dia 11 de Novembro desse ano
Foto de Minha autoria, Imbondeiro/Baobá na Estrada da Samba. |
O Controle do país se fazia nessa época pelos três maiores grupos nacionalistas MPLA, Unita e FNLA. Estes lutavam pela libertação angolana desde 1966. O MPLA (que ainda governa o país ) nas mãos de Agostinho Neto, comandava a capital Luanda.
Depois de quatro séculos de presença em território africano, no final do século XIX, Portugal achou-se no direito de reivindicar a soberania dos territórios desde Angola a Moçambique, junto das outras potências europeias. Para tal, teria lugar a Conferência de Berlim em 1884. A partir desta data, foram várias as expedições efetuadas aos territórios africanos, às quais se seguiram campanhas militares com o objetivo de "pacificar" as populações. A população tentou resistir mas, dada a superioridade bélica de Portugal, rapidamente abandonaram a resistência por meio das armas. Décadas depois, Portugal foi colocado frente-a-frente com guerras de independência, a primeira das quais a de Angola, que também marcou o início da Guerra Colonial Portuguesa. Seguir-se-iam as da Guiné-Bissau (1963) e de Moçambique (1964). Influenciadas pelos movimentos de autodeterminação africanos do pós-guerra, o grande objetivo das organizações independentistas era "libertar Angola do colonialismo, da escravatura e exploração", impostos por Portugal. Embora Angola fosse um território de grande riqueza de recursos naturais, nomeadamente em café, petróleo, diamantes, minério de ferro e algodão, para o Governo de Portugal, liderado por António de Oliveira Salazar, o que era preciso defender era o regime e não a economia. Muitas vezes incentivados pelo próprio Estado português, cerca de 110 000 imigrantes foram para as colónias africanas, a grande maioria para Angola, nas décadas de 1940 e 1950; em 1960, dos cerca de 126 000 colonos residentes em Angola, 116 000 eram originários de Portugal.
Sobre o MPLA
Movimento Popular de
Libertação de Angola (MPLA)
Em Angola, o
primeiro a surgir foi o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), em
1956, apoiado pelos Mbundu, várias outras etnias da região de Luanda, Bengo,
Cuanza Norte e Sul e Malange, brancos, mestiços, intelectuais angolanos e
membros da elite urbana. O MPLA era uma organização da esquerda política,
resultado da fusão do Partido da Luta Unida dos Povos de Angola (PLUA) e do
Partido Comunista Angolano (PCA). Foi liderado por Agostinho Neto, secretariado
por Viriato da Cruz e apoiado, exteriormente, pela União Soviética e por Cuba;
ainda tentou apoio junto dos EUA mas sem sucesso visto este já estarem a ajudar
a UPA/FNLA.
Ao longo da
guerra, a organização política e militar do MPLA foi evoluindo a tal ponto que,
em 1970, ocupava uma grande área do país, que dividiu, militarmente, em Regiões
Militares (RM).
As forças do MPLA ascenderam a 4
500 elementos e estavam equipados com armamento e munições soviéticos que era
distribuído através da Zâmbia; era também a partir deste país que o MPLA
recebia medicamentos e alimentos enlatados. O seu armamento incluía pistolas Tokarev TT;
pistolas-metralhadora de calibres 9 mm M/25 e 7,62 mm PPSH;
espingardas semiautomáticas Simonov e Kalashnikov; metralhadoras de
diversos calibres; morteiro de 82 mm; lança-granadas-foguete (a partir de 1970)
e minas
anticarro
e antipessoal.
União dos Povos de Angola (UPA)/Frente Nacional de
Libertação de Angola (FNLA)
A 7 de Julho de 1954, é formada a União das
Populações do Norte de Angola, apoiada pelo Congo, pelo grupo étnico bacongo,
do Noroeste e Norte de Angola88
e com fortes ligações ao Zaire, através do seu líder Holden Roberto, amigo e
cunhado do Presidente Mobutu; em 1958 passa a designar-se, de forma mais
abrangente, por União das Populações de Angola (UPA). A partir de 1962, une-se
ao Partido Democrático de Angola criando a Frente Nacional de Libertação de
Angola (FNLA), organização pró-americana e anti-soviética.91
Em 1960, Holden Roberto assina um acordo com o MPLA para juntos lutarem contra
as forças portuguesas, mas acabou por lutar sozinho. A FNLA chegou mesmo a
criar um governo no exílio, o GRAE - Governo Revolucionário de Angola no
Exílio.
A facção armada da UPA/FNLA era o Exército de Libertação Nacional de
Angola (ELNA). Os seus apoios vinham do Congo e da Argélia, e as suas tropas
eram treinadas no Zaire as quais recebiam fundos norte-americanos e armamento
dos países do Leste Europeu, embora se considerassem anticomunistas. Estavam
armados com espingardas semiautomáticas Simonov e Kalashnikov; pistolas;
morteiros de 60 mm e 81 mm; e lança-granadas-foguete.
União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA)
Jonas Savimbi da
UNITA
Em 1966, Jonas Savimbi, então membro da FNLA, entra
em rota de colisão com Holden Roberto acusando-o de cumplicidade com os
Americanos e da sua política Imperialista, e cria a União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA), apoiada ocasionalmente pela Zâmbia
e pela África do Sul, com ligações à PIDE (a partir de
1969; Savimbi chegou a fazer um acordo para combater contra o MPLA no Leste de
Angola), à CIA e à China. Savimbi fez parte do GRAE como Ministro das Relações
Exteriores e representava o grupo étnico ovimbundo, do planalto central e
províncias do sul.
As forças da UNITA eram as que tinham o menor
número de guerrilheiros: 500, de acordo com os militares portugueses; cerca de
4 000, de acordo com a própria UNITA.3
A sua área de actuação limitou-se ao Leste de Angola e o seu armamento sempre
foi de fraca qualidade.3
As dificuldades sentidas pela UNITA, levaram Savimbi a fazer compromissos com
Portugal e a Zâmbia.3
Parte da sua luta foi contra o MPLA, a favor do qual perdia terreno; as suas
acções de guerrilha limitavam-se a ataques pontuais a viaturas, raptos e
intimidações.Logo depois da declaração da independência iniciou-se a Guerra Civil Angolana entre os três movimentos, uma vez que a FNLA e, sobretudo, a UNITA não se conformaram nem com a sua derrota militar nem com a sua exclusão do sistema político. Esta guerra durou até 2002 e terminou com a morte, em combate, do líder histórico da UNITA, Jonas Savimbi. Assumindo raramente o carácter de uma guerra "regular", ela consistiu no essencial de uma guerra de guerrilha que nos anos 1990 envolveu praticamente o país inteiro. Ela custou milhares de mortos e feridos e destruições de vulto em aldeias, cidades e infraestruturas (estradas, caminhos de ferro, pontes). Uma parte considerável da população rural, especialmente a do Planalto Central e de algumas regiões do Leste, fugiu para as cidades ou para outras regiões, inclusive países vizinhos.
No fim dos anos 1990, o MPLA decidiu abandonar a doutrina marxista-leninista e mudar o regime para um sistema de democracia multipartidária e uma economia de mercado. UNITA e FNLA aceitaram participar no regime novo e concorreram às primeiras eleições realizadas em Angola, em 1992, das quais o MPLA saiu como vencedor. Não aceitando os resultados destas eleições, a UNITA retomou de imediato a guerra, mas participou ao mesmo tempo no sistema político.
Logo a seguir a morte do seu líder histórico, a UNITA abandonou as armas, sendo os seus militares desmobilizados ou integrados nas Forças Armadas Angolanas. Tal como a FNLA, passou a concentrar-se na participação, como partido, no parlamento e outras instâncias políticas.
A partir do dia 11 de Novembro de 1975, dia da independência de Angola, mais de 30 países envolveram-se na longa guerra civil que se seguiu, apoiando ao nível logístico e em equipamentos os três movimentos. A União Soviética e Cuba aproveitaram o momento - a saída de Portugal (as últimas tropas chegam a Lisboa em 23 de Novembro) e situação de fragilidade dos EUA -, para aumentarem o seu apoio ao MPLA. Pela frente iriam encontrar a ajuda do Zaire e da África do Sul que não queriam ficar para trás no processo de descolonização de Angola.
Com o abandono de milhares de cidadãos portugueses, Angola viu-se perante uma situação económica e administrativa difícil, pois ficou sem uma boa parte da mão-de-obra qualificada, sem um governo organizado e em situação de guerra. As importantes indústrias do café e dos diamantes que, durante uma significativa parte da guerra assistiram a um forte aumento das exportações, estagnaram, mantendo-se, no entanto, em pleno funcionamento a do petróleo, no enclave de Cabinda que, a partir de 1974, regista um forte aumento das exportações. O país depois da independência também aumentou a dependência em relação as receitas da extração do petróleo.
O Povo angolano não tem muito o que celebrar, após se tornarem Repúlbica, deixarem de se curvar aos senhores portugueses, tiveram que sobreviver a mais de 30 anos de guerra civil entre seus “irmãos” onde famílias foram despedaçadas e entes queridos foram-lhe arrancados, ouvi histórias de pessoas que nunca mais foram vistas, derramaram o sangue do próprio conterrâneo, sequestraram mulheres e crianças, mataram os homens, usavam aqueles como escravos para andarem como burros pelas matas para carregarem suprimentos e andarem a frente, nos terrenos minados. Herança da guerra deixada pela guerra.
O que comemorar nesta data, com a falta de agua e luz, com as péssimas condições de vida de uma maioria. Em Luanda se não tiver Gerador, Cisterna e carro não sobrevives ao dia-dia, são itens básicos de sobrevivência.
E essas não são palavras de uma estrangeira que vive por aqui, são palavras do próprio povo angolano que está cansado de sofrer.
Que pelas redes sociais (como os brasileiros por exemplo fazem) soltou:
Essa revolta foi a mesma que gerou uma guerra civil a mais de 30 anos atrás e fez com que muitos estrangeiros que aqui estavam na época sofrerem, serem mortos e torturados, pois o povo que aqui estava (e continuam com seus descendentes) acreditam que o estrangeiro e o culpado pos suas misérias.
E nesse ponto me orgulho do povo brasileiro não agir desta mesma forma e achar que
Atual Presidente de Angola, Jose Eduardo Santos. Fonte internet |
Apesar da insatisfação com a administração do governo, acham que eles falam mal do governo e não o querem mais no posto onde se encontra?
O Sr. José Eduardo dos Santos se mantém no cargo de Presidente da Republica de Angola por nada mais que 35 anos.
Mas ele sabe o chão que pisa e mantém a política de “mantenha seus amigos perto, e os inimigos mais perto ainda” e quando sai, leva consigo 7 carros, escolta armada, ambulância... Para a cidade inteira, para poder passar....
Consultas feitas nas paginas abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_de_Angola
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Independ%C3%AAncia_de_Angola
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Eduardo_dos_Santos
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