06 fevereiro 2011

Vestido de Noiva




Vestidos, Vestidos, Vestidos e mais vestidos, tenho até sonhado com isso, acredite se quiser! Pior é que só posso ver pela net, tenho andado pelas paginas e paginas. Na verdade abas, abro tantas que quando o Firefox trava e reinicia fico desesperada pois mal deu tempo de salvar ou ver de onde era aquele. Lei e devoro blogs e websites que falam sobre o vestido.O engraçado e que existe também uma peça e um filme brasileiro com esse nome (eu nem sabia) quando faço a pesquisa aparecem paginas também falando sobre eles. Mas quero mesmo é decidir o meu vestido de noiva, e como estou aqui em Luanda surpresa, pouquissimas opções para experimentar, (dica da blogueira Shana Zanatta do Dreams come true) Até fui a uma loja aqui no centro ou na baixa com dizem pelos lados de cá, experimentar uns vestidos, o problema ou os problemas, sou uma menina de seios fartos que não é lá fã dos vestidos Tomara que caia ou cai-cai como se diz aqui. Acho que não são lá confortáveis, imagina passar no minimo 5 horas com o tal vestido e ter que ageitar toda a hora?Me da aquela sensação de que cairá a qualquer momento (!) E sempre quis algo clássico e romântico, sabe como se ve nos filmes. Até pensei em algo com mangas (é está voltando a moda já viu os ultimos casórios de famosas?) Mas nada muito decotado, o problema e que com seios fartos não pode ser gola alta ou ficará muito feio....Ai é muito complicado, pior escolher o vestido sem saber como fica no corpo, outra amiga me disse logo, escolha algo que se assemelha com seu vestido preferido pois assim não terá tantas dúvidas... O problema é que normalmene os tecidos do vestido de noivas são bem diferentes dos que usamos em vestido de festa (pelo menos os que tenho). O dia da prova dos vestidos na loja, foi mesmo muito bom, foi divertido, me juntei a minha amiga Raquel, fomos almoçar no resturante em que minha amiga Silvia trabalha aqui, ela é a nutricionista lá (se estiver em Luanda e precisar de uma procure a Silvia), e fomos a loja que fica quase ao lado do restaurante provar,foi gostoso olhar aqueles vestidos, mas esbarrei num porém muitos modelos tomara que caia e muitos modelos com a saia cheia parecendo mesmo um bolo, confesso que achava bonito mas quando era criança, passava aquele olhar de princesa e tal, mas em mim sinceramente como gosto de ser discreta não combina, ate provei um estilo bailrina e tal mas não é a minha praia. Outra coisa, aqui não se aluga vestido, se compra bem diferente do Brasil, e como eu vou me casar na Noruega e no Brasil, impossível alugar... Então a opção é comprar, olhei em muitas lojas como a David Bridal, Light in The Box, Sposa Bella e outras lojas as quais já nem me lembro ou nome, incluindo lojas Norueguesas... Andei muito a procura de algo simples e barato.E Conversei com a Dani do Dona Pedrinha que me contou que comprou o vestido dela no Ebay que chegou na casa dela (na Noruega) e o unico problema foi o tamanho do vestido. E aí fica dica para as noivas de plantão, eles também entregam no Brasil, a segunda dica é que peçam o vestido um pouco maior, pois assim a costureira só precisa apertar ele, o que é mais fácil do que colocar mais tecido (como ela disse). Mas afinal de contas você sabe como começou essa história do vestido de noiva?
Diferente de outro traje social de luxo preparado para ocasiões especiais, este tem um significado relevante para a cultura ocidental. Mais do que uma veste nupcial, o vestido de noiva, resgata pedaços da cultura, da religiosidade e da história da humanidade. Seus tecidos, volumes e complemento, simbolizam a magia que envolve a união dos cônjuges e demonstram a profundidade do conceito de Amor para as culturas do ocidente.
Entre os romanos civilizados a cerimônia de casamento era diferenciada das outras cerimônias civis através do traje, que era preparado unicamente para esta ocasião, quando a noiva vestia uma túnica branca e se envolvia com um véu de linho muito fino de cor púrpura. Este véu tinha o nome de FLAMMEUM. Nesta ocasião, a jovem arrumava o cabelo com tranças e ornava com uma coroa de flores de verbena. As flores, num casamento, sempre foram sinônimo de fertilidade. 
Com a queda do Império Romano, as atenções culturais do ocidente passaram a ter como referência o padrão de elegância proposto pela corte bizantina. Lá, as noivas se casavam vestidas de seda vermelha bordada em ouro e traziam no cabelo tranças feitas com fios dourados, pedras preciosas e flores perfumadas.
Neste momento, a união dos cônjuges passou a se dar através de uma cerimônia religiosa que sacramentava a união de duas famílias e de seus patrimônios. O casamento então, teve como função garantir as fronteira dos novos reinos e reconstruir os territórios nacionais destruídos pela longa invasão bárbara à qual a Europa estivera submetida desde a queda do Império Romano, e também pelo abandono deste território devido às cruzadas.
O vestido de noiva surgiu neste período com a função específica de apresentar para a comunidade as posses da família da moça. Sua simbologia era a do poder e sua função era social.
A noiva era apresentada com um vestido vermelho ricamente bordado e sobre a cabeça um véu branco bordado com fios dourados. O vermelho representava a capacidade da noiva de gerar sangue novo e continuar a estirpe. O véu branco falava da sua castidade.
No Renascimento, com a ascensão da burguesia mercantil, a apresentação da noiva se tornou mais luxuosa. A jovem esposa era apresentada em veludo e brocado, ostentando o brasão de sua família e as cores do herdeiro ao qual sua casa estava se filiando.
O uso da tiara passou a ser um adereço obrigatório e temos nela a ancestral da nossa grinalda. O uso dos anéis era de grande importância e representavam a possibilidade de uma dama viver sem precisar trabalhar na lida com as coisas da casa. As Mãos brancas da noiva e os dedos cheios de anel demonstravam a competência do marido para prover sua esposa sem necessitar da ajuda dela em qualquer tarefa doméstica. Este fato remetia à posse de um grande número de servos, sendo que cinco damas era o número adequado para bem cuidar de uma jovem esposa e suas necessidades pessoais, tais como o asseio, o vestir e o trato dos cabelos.
No final do Renascimento, o código de elegância barroca foi determinado pelas cortes católicas de Espanha onde se estabeleceu o preto como a cor correta a ser usada publicamente como demonstração da índole religiosa de qualquer pessoa. Esta cor era aceita como adequada também para os vestidos de noiva, embora tenha sido neste momento que surgiu o vestido de noiva branco como novo padrão de elegância.
A primeira noiva a se vestir de branco foi Maria de Médici ao se casar com Henrique IV, herdeiro da coroa francesa. Maria, princesa italiana, mesmo sendo católica não comungava da estética religiosa espanhola, e assim, se mostrou em brocado branco como prova da exuberância das cortes italianas. O vestido trazia um decote quadrado com o colo à mostra, o que causou grande escândalo perante o clero.
No enxoval, qualquer noiva deveria levar consigo, ao menos, três vestido, um que pudesse usar em outras cerimônias iguais, um para os domingos e um mais simples para as tarefas do dia.
No período Rococó, as noivas se casavam vestidas com tecidos brilhantes, bordados com pedrarias, com babados de renda nas mangas e decotes e as cores preferidas eram as florais apasteladas, sendo que as mais comuns eram a Lilás, a cor de Pêssego e o verde Malva. Este hábito era seguido tanto pelas jovens da aristocracia, como pelas noivas pobres.
Na cabeça, era elegante usar uma peruca conhecida como Pouf de Sentimento, onde era colocado um cupido, o retrato do noivo, frutas e verduras que representavam a abundância para o novo lar.
A Revolução Francesa aboliu o padrão de elegância luxuoso, próprio da aristocracia de terra, que existia desde a Idade Média e o substituiu por um padrão mais discreto, puritano e burguês de origem inglês. Este padrão valorizou a pureza de caráter como a maior qualidade da noiva, projetou sobre ela a cor branca como símbolo da sua inocência virginal. Acrescentou-se a este traje um véu branco e transparente como símbolo da sua castidade, preso à cabeça por uma guirlanda de flores de cera representando esta sua qualidade como condição natural de toda jovem de família. Neste momento é introduzido o uso do linho, da lã e de tecidos opacos como adequados para o vestido de noiva.
Josefina, esposa de Napoleão, foi a grande divulgadora da moda Império e, a partir de então, as noivas passaram a ter o branco como a sua cor símbolo definitiva.A partir da Revolução Francesa, o traje nupcial passou a ser branco e as variações que têm se dado, têm sido na esfera dos volumes, que variam de acordo com as modas correntes, sendo que o traje nupcial continua a obedecer à função de ser o mais luxuoso que uma moça usa, antes de se tornar uma senhora casada.
Em 1854, o papa Pio IX proclamou que as noivas deveriam demonstrar através do traje branco a Imaculada Concepção assim como Maria a Imaculada.
Esta noiva agregou à sua veste um adereço de mão que podia ser um terço ou um pequeno livro de orações porque, além de casta ela devia ser também religiosa. 
O branco continuou a representar a pureza e a castidade, sendo agregada ao traje a for de laranjeira como símbolo de fertilidade.
A noiva do estilo Liberty era uma flor, pura como um lírio, nobre como uma rosa ou delicada como uma margarida, sendo que a orquídea era tida como a flor que representava a paixão, a força do coração e era usada como prova de amor da noiva pelo jovem marido. O relicário de mão foi substituído por um buquê de flores naturais colhidas no dia da cerimônia.
O século XX estabelece um cerimonial novo para o matrimônio que se estende por todas as classes sociais idade legal no início do século era dezoito anos para a noiva e vinte e cinco anos para o noivo, sendo que dois dias antes da cerimônia religiosa o casal se casava no cartório da vila em traje de passeio. Após a cerimônia civil a noiva recebia em sua casa os familiares e amigos para um refresco e para exibir os presentes recebidos pelas bodas. Na noite anterior à cerimônia religiosa o pai do noivo enviava a courbeille nupcial acompanhada de uma jóia da sua família. À noiva que ultrapassava vinte e cinco anos era vetado o uso do véu,e desaconselhado o uso do vestido branco juntamente com a jóia familiar e qualquer pompa cerimonial.
No século XX o traje nupcial acompanhou toda a evolução da moda, acompanhando o sistema de alta costura que vestiu todas as princesas do século e foi divulgado pelas revistas e figurinos de moda e posteriormente pelo cinema e pela televisão.
Mais do que nunca, estes vestidos têm sido apresentado com tecidos luxuosos, brilhantes e bordados e sua alta carga simbólica continua a representar o papel da mulher dentro da instituição do casamento, hoje vista não como representação do patrimônio familiar paterno, mas como uma parceira à altura das competências do marido como provedor. Fonte Fashion Bubles.
Desculpe sei que ficou um pouco grande mas não dava pra simplesmente cortar no meio a história né. Quiser ler a historia completa, que inclui sobre o matrimônio da uma passada no Fashion Bubles  e leia mais sobre essa linda história.
  
   

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