Apesar de estarmos "sozinhos" em Luanda, o Natal foi bom, sexta dia 23 ficamos 3 horas no mercado e não conseguimos achar ovos ou batatas, sim aparentemente os angolanos "detonaram" o estoque de ovos e batatas porque faz parte do prato popular que se come no dia 24 á 00:00 sim eles ceiam como nós. Os noruegueses não! O Sábado começou com um cheiro de Peperkaker no ar, sim no ano passado quando estávamos em casa, fomos ao Ikea e ganhamos um pote de 1kg da massa para cortar e assar. Como em Luanda não achamos isso, trouxemos na bagagem, e a massa ficou ali guardada até dia 24 pela manhã, e aí "estiquei a danada" e cortei com uns cortadores fofos que temos, também comprados no Ikea, de bichos selvagens da Noruega como rapozas, alces e esquilos. Assei e sentamos no quintal para comer, até aí tudo bem.
A caixa dos cortadores com os formatos. |
A massa de Peperkaker |
Mas o forno tem so uma prateleira (normalmente vem com duas, mas acho que alguém, andou levando coisas da casa antes de mudarmos), e acabei colocando uma forma no fundo, achando que conseguiria controlar os biscoitinhos maravilhosos, que nada, acabaram por queimar, triste tive que mandá-los para o Lixo, mas sobrou bastante para comermos quentinhos e com café.
Também comemos o popular Rise Grøt, um arroz doce sem o doce que o noueguês come, ele é servido quente, junto a ele coloca-se manteiga, canela e quantidade de açucar desejada. A manteiga, cooca-se um pedacinho no meio do arroz quente, ela vai derretendo aos poucos, e por cima vai a canela e o açucar. Dentro desse arroz vai um amêndoa que é colocada aleatóriamente, e quem tira a amêndoa ganha um porquinho de marzipã coberto por chocolate ou branco ou preto! Mas como estamos em Luanda, nada de porquinho de Marzipã? Errado compramos marzipã em Lisboa quando fomos buscar o Pluto e eu modelei um porquinho, e como a Marzipã era colorida, dei asas a imaginação! Comemos o arroz Arroz doce ás 15:30, quase o mesmo horário que os pais do Jan costumam servir na casa deles.
Na falta do porquinho tradicional que podemos comprar nos mercados em Bergen, fiz um esquilo com o cortador e moldei um porquinho. |
Praparando o Rise Grøt |
Aqui åe como ele parece na hora em que estamos comendo. |
O marido teve a sorte, sim porque coloquei a amêndoa dentro da tigela de arroz e quem achou foi ele! Ele ficou com o porquinho e com muito gosto!
Mais tarde fomos jantar na Guest House da empresa com os outros expatriados que aqui ficaram e que trabalham como marido, comemos um prato típico norueguês chamado Pinekjøtt e kålrabi, o primeiro trata-se de costelas de carneiro salgadas, que são apenas cozidas em agua com cuidado, de não ficarem no fundo da panela, o Jan me explicou que usa-se palitos de madeira, para que eles "flutuem" na panela, o kålrabi é um vegetal, uma "batata" que cresce ao topo da terra, ela tem um sabor que lembra a amendoa e é usado aqui como "purê", adiciona-se batata para dar a consistência desejada. E bem gostoso, e é um prato típido do natal, tomamos Aquavitt que é um destilado que se come com tais pratos, o Jan diz que é para "limpar" a boca e tirar o gosto da gordura que o prato tem. Por ser super quente em Luanda como no Brasil, eles serviram gelado. Não é pra qualquer um, eu tomo, mas continuo preferindo a cachaça brasileira.
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